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“Não é hora de agir por impulsos”, diz José Aníbal

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Para o ex-senador José Aníbal (PSDB-SP), presidente do Instituto Teotônio Vilela — centro de estudos e formação política do PSDB, uma questão importante a ser respondida é: o que aconteceria depois se o PSDB rompesse com o governo?

“O PSDB é um partido que tem grande responsabilidade e compromisso com o país. Rompe com o governo, e aí? O que vai acontecer no dia seguinte? Paralisa o processo legislativo? Abre mão de continuar as reformas? é preciso avaliar isso, não é hora de agir por impulsos”, defendeu.

Para Aníbal, há uma expectativa de que este governo possa “manter essa condição de governabilidade que vinha tendo até a semana passada”, mas se isso não vier a acontecer ele defende que seja fundamental não abrir mão das reformas iniciadas por ele.

“Se for necessário construir uma outra situação, vamos ver como se constrói essa outra situação dentro do que determina a Constituição e preservando as forças políticas que hoje estão empenhadas nessas mudanças e na retomada do crescimento”, afirmou.

Maioria dos parlamentares do PSDB no Congresso defende cautela

Alguns parlamentares do PSDB no Congresso Nacional divergem quanto ao possível desembarque do partido da base aliada do governo Temer, segundo José Aníbal. Mas, segundo ele, a maioria dos membros das bancadas na Câmara e no Senado é favorável que o partido acompanhe os desdobramentos da crise política que abateu o governo Temer antes de tomar qualquer decisão sobre o apoio ao governo.

“Tem gente que acha que isso é inevitável [desembarque da base aliada], tem outros que acham que pode ser que isso venha acontecer, mas tem uma maioria que converge na posição de ’vamos ver os desdobramentos dos próximos dias e, inclusive, vamos manter a atuação do Congresso, para que essa avaliação seja feita sem impulsividade”, afirmou.

Segundo ele, o diálogo dentro das bancadas está sendo intenso. “Amanhã vai ser um dia de muita conversa. Já hoje à noite começam a chegar os deputados, os senadores [em Brasília], e é preciso dialogar, convergir, criar campo comum de atuação de cada partido. E estamos trabalhando isso no PSDB”, disse José Aníbal.

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Foto: Gerdan Wesley