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José Aníbal comenta dados do desemprego no Brasil e defende redução imediata da taxa básica de juros

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Em discurso no plenário nesta segunda-feira (19), o senador José Aníbal comentou os números consolidados do desemprego no Brasil no último ano ao divulgar a carta de formulação e mobilização política publicada pelo Instituto Teotônio Vilela. Segundo dados da última Rais (Relação Anual de Informações Sociais), 1.510.703 empregos foram pulverizados em 2015 pela crise. é o pior resultado nos 24 anos desde que a Rais é realizada.

“Há hoje menos empregos formais no Brasil do que havia em 2013. Com a tendência que vem sendo observada pelo Caged ao longo deste ano – já são mais 623 mil empregos cortados até julho – temos mais de 3 mil desempregados por dia, dia após dia, incluindo sábados e domingos”, atestou Aníbal.

O senador tucano defendeu avançar em reformas nas regras trabalhistas para que o Brasil tenha condições de voltar a empregar e reiterou que está “fora de questão” alterar arcabouços legais consolidados, principalmente no que se refere a direitos dos trabalhadores. ”é imprescindível que o mercado de trabalho se adeque a novas condições que se alteraram intensamente em todo o mundo nos últimos tempos. Há amarras que não fazem mais sentido, porque passaram a significar não mais garantias, mas sim travas à obtenção de melhores oportunidades de trabalho pelas pessoas. Tal como está, a economia brasileira se transformou numa máquina de destruir empregos. Precisa, urgentemente, voltar a ser geradora, para o bem de quem trabalha e produz”, afirmou.

Ainda sobre a crise econômica, diante de um quadro de depressão e baixa demanda, em que caem as expectativas de inflação, o senador avaliou que é possível o Banco Central promover o quanto antes a redução dos juros. “A queda imediata da taxa Selic aliviaria as despesas com a dívida do governo, das famílias e das empresas. A recessão, por si só, já garante a queda da inflação. Não precisamos ter a maior taxa de juros reais do mundo, de 8% ao ano”, disse. “As contas públicas seriam beneficiadas imediatamente, sendo que cada ponto de queda da Selic corresponde a R$ 25 bilhões de economia – o equivalente a um orçamento anual do Bolsa Família”, completou.

Já no fim de seu discurso, José Aníbal asseverou que a deterioração inédita do mercado de trabalho brasileiro é fruto da incompetência e má gestão dos governos petistas. O senador apontou o ex-presidente Lula como principal responsável pela atual situação. “Lula foi o principal maestro da construção do desastre que hoje resulta nessa situação de gravíssimo desemprego no Brasil. As empresas públicas e os fundos de pensão foram pilhados, os bancos públicos foram muito penalizados e as contas públicas estão totalmente deterioradas. Isso tem um responsável: o senhor Lula da Silva.”

Foto: Gerdan Wesley

https://www.youtube.com/watch?v=EO4IHBvtI1g